Mensagem do Diretor

Professor Rubens Penha Cysne - Diretor da FGV EPGE

A missão da EPGE Escola Brasileira de Economia e Finanças (FGV EPGE) é contribuir para o ensino e para a expansão do conhecimento na área de economia. Sempre apoiada pela atividade de pesquisa do corpo docente e discente, a busca permanente da excelência no ensino aplica-se tanto à graduação quanto à pós-graduação. Mensura-se, em particular, pelo acréscimo de conhecimento proporcionado à ciência econômica, pelo sucesso profissional e pelas contribuições cívicas dos seus alunos.

Desde a sua criação, em 1961, a EPGE tem formado parte relevante dos economistas brasileiros de maior destaque profissional, bem como pesquisadores e professores que hoje em dia lecionam em alguns dos melhores departamentos de economia no Brasil e no exterior. Compõem o conjunto de ex-alunos da FGV EPGE funcionários públicos de alto escalão, incluindo Ministros de Estado, Governadores, Presidentes e Diretores do Banco Central do Brasil, além de diretores e presidentes (CEOs) de prestigiosas empresas privadas seja, no Brasil e no exterior.

Atualmente, a Escola oferece cursos de extensão, graduação, mestrado profissional, mestrado acadêmico e doutorado acadêmico. Também publica a Revista Brasileira de Economia, a mais antiga revista acadêmica de economia no Brasil. Um novo projeto, de doutorado profissional, se encontra em desenvolvimento.

Por meio de seu corpo docente e discente, a Escola tem também contribuído efetivamente para o desenvolvimento econômico nacional. Tal contribuição se dá não apenas através da provisão de qualidade no acesso à educação, mas também por meio da utilização prática, na formulação de políticas públicas e privadas, do conhecimento que a EPGE produz através de seus estudos e pesquisas.

De forma a alcançar seus objetivos de longo prazo a Escola se pauta por diferentes princípios: i) união permanente entre ensino e pesquisa; ii) ensejo ao pensamento original, crítico e criativo; iii) internacionalização docente e discente; iv) consideração do mérito acadêmico, das necessidades sociais e do respeito à equidade e diversidade; v) interdisciplinaridade; vi) suporte ao ensino fundamental e ao ensino médio.

Ao juntar a pesquisa do seu corpo docente e discente ao ensino, a Escola provê aos seus alunos e à comunidade que a acolhe, como consequência natural desse processo, o que há de mais moderno na literatura especializada internacional. Ao entrar em sala de aula, o professor baseará sua preleção, de modo geral, em torno do trabalho que acaba de discutir, realizar e publicar internacionalmente. Portanto estará necessariamente atualizado e em dia com o que se faz no resto do mundo, condição necessária para publicações de relevo. Para isso contribuem os incentivos que a Escola provê a alunos e professores para participação em congressos e para publicações em periódicos de reconhecido prestígio internacional.

A convivência do corpo docente com o estado da arte científico e tecnológico minimiza a depreciação externa do conhecimento (obsolescência tecnológica) repassado aos alunos. Esses não estudarão com base apenas em livros texto escritos há vários anos (como costuma ocorrer nos centros que não conjugam pesquisa ao ensino), que consolidam conhecimentos oriundos de pesquisas ainda mais antigas. Mas sim observando as técnicas e os desafios mais modernos da profissão.

A internacionalização docente e discente é crucial para que o ensino não se contenha no contexto de fronteiras geográficas. Os docentes de carreira da EPGE são contratados no mercado internacional, estando sempre sujeitos, na sua avaliação, a competir de igual para igual com seus pares nos melhores centros mundiais da sua área de conhecimento. Da mesma forma, como contrapartida do intercâmbio dos alunos da EPGE em centros no exterior, alunos de diferentes países participam de intercâmbios na Escola e são também bem-vindos a se inscreverem em seus processos seletivos.

Na provisão de bolsas de estudo e outros auxílios discentes, a EPGE dá ênfase não apenas ao mérito acadêmico e à dedicação ao estudo de cada aluno, mas também, no contexto permitido pelas possibilidades financeiras da Escola, às suas necessidades materiais. O objetivo, nesse último quesito, é permitir e fomentar a equidade de acesso à oportunidade de aprendizado. Visto de outra forma, o intuito é tentar não permitir que dificuldades materiais circunstanciais e peculiares possam de alguma forma obstar o acesso ao ensino em nível internacional na área de economia daqueles que ao mesmo desejam se dedicar. Ênfase congênere é colocada no respeito à diversidade.

No mundo atual, a interdisciplinaridade na análise de problemas práticos e científicos é de imensa importância. Isso é facultado e facilitado, na Fundação Getulio Vargas, pela existência de outras escolas de excelência na área de ciências sociais. Os estudos complementares em áreas correlatas são incentivados.

Ao provocar o pensamento discente, ao invés de se colocar como simples veículo de enunciados pré-estabelecidos, a Escola dá ênfase às soluções e conclusões que emerjam naturalmente dos próprios alunos. Isso se dá, situando-se aí o papel mais ativo da docência, propondo-se problemas práticos conjuntamente à provisão de teoria econômica e de instrumentos matemáticos, estatísticos, econométricos, filosóficos e sociológicos. Ou seja, ao problema adicionam-se instrumentos de análise para que a solução decorra do raciocínio individual, sempre fomentado pelo trabalho em grupo. Facilita-se também, desta forma, a busca de soluções originais e inovadoras para diferentes questões que possam fomentar o bem-estar geral.

Trata-se, este, método socrático, que visualiza o termo "educação" na sua raiz etimológica, "ex-ducere", ou "er-ziehen", do alemão. Ou seja, de fazer emergir o potencial e o conhecimento factível a cada ser humano. Em particular, nas dimensões inerentes a cada um, o conhecimento ou a habilidade que permitirá ao aluno o preenchimento pleno do seu potencial. Conhecimentos gerados dessa forma, deduzidos pelo próprio aluno, são menos sensíveis ao esquecimento (depreciação interna).

Na EPGE a formação pregressa é importante. Mas a resiliência na persecução do objetivo de aprender não fica em segundo plano. Valorizam-se simultaneamente a prudência, quando se traçam objetivos de aprendizado e pesquisa, e a modicidade na interpretação dos resultados. Incentiva-se a formação visando à adaptação a novas ideias e tecnologias, ao questionamento permanente e construtivo e à formulação adequada de problemas. Busca-se passar aos alunos uma linguagem econômica simples e direta, baseada nos fundamentos da profissão. Mas sem deixar de lado o uso dos instrumentos na fronteira do conhecimento e da técnica vigentes.

As publicações de professores nos mais importantes periódicos científicos internacionais têm sido frequentes e crescentes, principalmente após meados da década de 90. O corpo docente de carreira se dedica ao magistério e à pesquisa em tempo integral e é convidado a ensinar e apresentar os resultados de suas pesquisas aos melhores departamentos de economia e negócios do mundo.

Periodicamente, a EPGE tem recebido os mais ilustres professores e pesquisadores da área. Visitaram a EPGE, desde 2010, mais de 900 docentes dos melhores Departamentos de Economia do Brasil e do exterior, incluindo doze visitas presenciais de sete pesquisadores laureados com o Prêmio Nobel em EconomiaRobert EngleChristopher SimsJames HeckmanEdward PrescottRobert Lucas JrEric Maskin e John Nash. No período da pandemia, um oitavo laureado com o Prêmio Nobel, Jean Tirole, apresentou também um seminário na Escola, então, em função das restrições vigentes, de forma remota.

Este tipo de intercâmbio acadêmico facilita em muito, para os alunos que desejam dar continuidade aos seus estudos no exterior, a alocação nos melhores e mais destacados departamentos de economia.

No contínuo compromisso com a excelência acadêmica, destacam-se recentes conquistas de alunos e ex-alunos da EPGE.

No ano de 2023, egresso dos programas de mestrado e doutorado da Escola foi premiado com o Wallace E. Oates de melhor tese de doutorado. Este prêmio, anualmente dedicado à economia ambiental, comprova a projeção internacional do nosso corpo discente, considerando que nos últimos três anos o prêmio foi concedido a ex-alunos das universidades Columbia, Berkeley e Yale. A tese também recebeu o Prêmio Haralambos Simeonidis no Brasil e menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2023.

Desde 2010, egressos do programa de doutorado da EPGE foram premiados três vezes com o Prêmio Haralambos Simeonidis (2023, 2020 e 2010) e receberam menção honrosa do prêmio Capes de Tese em outras três ocasiões (2023, 2021 e 2015). No campo de finanças, a EPGE se destacou, conquistando o Prêmio ANBIMA de Mercado de Capitais, que visa incentivar a produção acadêmica sobre o segmento, sendo quatro vezes no doutorado (2018, 2016, 2015 e 2011) e uma vez no mestrado (2019) desde 2010.

O grande patrimônio da Escola, evidentemente, é composto pelas pessoas que a ela pertencem: alunos, professores e funcionários. Não obstante, ainda que qualquer índice de desempenho seja sempre incompleto e passível de melhoramentos, a utilização de ranqueamentos costuma ser comum em avaliações de Departamentos.

Os índices podem ser úteis na medida em que permitam uma sinalização íntegra e profícua para a sociedade. Isso se dá, em particular, quando os resultados se repetem ao longo do tempo (robustez intertemporal) e são oriundos de diferentes origens (robustez longitudinal). Nos dois casos, há provisão factual à robustez dos resultados, conferindo adequação ao seu uso por alunos potenciais e pela sociedade. Ambas as visões colocam a EPGE em posição de grande distinção nacional e internacional.

Iniciemos com o Ranking Internacional da Universidade de Tilburg. Tal ranqueamento, que pode ser facilmente obtido de forma online, classificou a EPGE como o primeiro departamento de economia da América Latina 9 (nove) dentre as últimas 11 (onze) avaliações quinquenais (período usual considerado pelo banco de dados), considerando a seleção de periódicos default (também usual) estabelecida pelo próprio ranking. Nas duas únicas vezes em que a EPGE não foi o primeiro lugar, a posição foi ocupada pela University of the Andes (2016) e University of Chile (2017).

Neste período considerado, das últimas 11 (onze) avaliações quinquenais, ocuparam a segunda colocação a EPGE (nos anos em que não foi primeiro lugar), a University of the Andes (2013, 2015, 2017, 2018, 2019), a  University of Chile (2013, 2014, 2015, 2016), Torcuato de Tella University (2010, 2011, 2012) e PUC Chile (2020).

Na classificação mundial, a EPGE alcançou sua melhor classificação neste ranqueamento em 2018, quando atingiu a 77ª posição, à frente de universidades norte-americanas e europeias de renome internacional. 

No que diz respeito aos índices do Ministério da Educação (MEC), a EPGE obteve o primeiro lugar nacional em 9 (nove) das 14 (quatorze) avaliações do Índice Geral de Cursos (IGC) já efetuadas pelo MEC. As avaliações incluem em torno de 2100 Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil, incluindo todas as áreas de conhecimento.

Em 2023, a EPGE conquistou o 1º lugar nacional no ENADE de Economia pela 4ª (quarta) vez nas 6 (seis) avaliações já realizadas pelo MEC até hoje. Além disso, também foi a única escola a obter o conceito contínuo máximo 5 (cinco) entre 229 Instituições de Ensino Superior (IES) que ministram o curso de Economia no Brasil. Em termos históricos, nas seis avaliações do ENADE já realizadas pelo MEC desde 2006 (2006, 2009, 2012, 2015, 2018 e 2022), a EPGE obteve o primeiro lugar nacional em 2006, 2015, 2018 e 2022. Ou seja, além de ser a IES de economia com o maior número de vezes em primeiro lugar, foi também primeiro lugar em todas as três últimas avaliações.

No que diz respeito ao exame de seleção nacional realizado pela ANPEC, tanto o exame de 2023 quanto o exame para 2024, o primeiro colocado nesta prova nacional escolheu a EPGE para continuar os seus estudos de pós-graduação (mestrado com possível extensão ao doutorado). Ainda com relação ao exame da ANPEC, destaca-se que cinco dos dez primeiros colocados no último exame, também optaram pela EPGE. Observa-se que essa escolha se dá em um contexto de 50 outros centros acadêmicos.

Uma estatística complementar com relação à ANPEC diz respeito ao desempenho da graduação de cada departamento no exame. Nesse sentido, nos últimos sete exames da ANPEC, com uma média de 964 candidatos classificados de diversas instituições de ensino superior, 24,4% dos alunos provenientes da graduação EPGE que prestaram o exame figuraram entre os dez primeiros colocados. Esse percentual supera os apresentados pelos quatro outros centros com nota máxima 7 da Capes (por ordem decrescente, 7,7%; 3,5%,3,2% e 2,4%).

A Escola é também a primeira ranqueada no Índice REPEC de pesquisa em economia no Brasil. Considerando os rankings de dezembro, de cada ano do período 2005 a 2022, a EPGE foi indicada como o primeiro lugar entre as instituições brasileiras de cursos de economia em 16 ocasiões das 18 avaliações levantadas dos meses de dezembro de cada ano desde 2005.

No que diz respeito às avaliações da CAPES, a Escola tem o grau máximo na avaliação de todos os seus programas.

Para mais informações sobre ranqueamentos, avaliações e suas repercussões na mídia, clique aqui.

Para depoimentos de ex-alunos e “amigos da EPGE”, clique aqui.

Para uma visão dos inúmeros eventos e conferências recentemente promovidos pela EPGE, clique aqui.

Espero, com esse texto, ter conseguido passar aos leitores e alunos potenciais da Escola um panorama geral de nossa forma de pensar e de nossa atuação. Evidentemente, na visão daquele que o subscreve.

 

Atenciosamente,

Rubens Penha Cysne
Professor e Diretor Geral da EPGE

Rio de Janeiro, Janeiro de 2024